O refluxo e regurgitação são coisas que ocorrem muito frequentemente com os bebês. A maioria dos recém-nascidos acaba “cuspindo” parte do leite quase que todos os dias. É algo perfeitamente normal, sendo que, raramente, essas ações são indicadores de que uma situação grave esteja acontecendo.
Ainda assim, é importante que os pais entendam bem esse tema para que consigam diferenciar o que está dentro do esperado daquilo que pode indicar que algo está errado. Continue a leitura e saiba mais sobre esse assunto!
Entendendo o refluxo gastroesofágico em bebês
O refluxo gastroesofágico ocorre quando o conteúdo do estômago retorna para o esôfago. Pode vir acompanhado ou não de vômitos e regurgitação.
O RGE é muito comum nos primeiros meses de vida. Na maioria das vezes, esse evento fisiológico, de natureza autolimitada, não tem nenhuma associação com complicações.
Com o desenvolvimento da criança e a introdução de uma alimentação mais sólida, assim como o fato de que ela consegue ficar mais ereta, ajudam a diminuir os problemas — geralmente, isso acontece após os seis meses.
Diferença entre o refluxo e a regurgitação
Existe uma diferença entre a regurgitação e o refluxo. Quando o conteúdo presente no estômago retorna para o esôfago em função de uma abertura fora de hora do esfíncter, temos o refluxo.
Já a regurgitação é o nome dado para quando esse conteúdo chega na faringe ou na boca, podendo ser expelido. Os dois eventos tem uma relação muito próxima e, sendo assim, a regurgitação surge como uma consequência dos episódios de refluxo.
Tratamentos disponíveis
Como apontamos, o refluxo e regurgitação são acontecimentos normais e tendem a desaparecer durante o primeiro ano de vida da criança, não exigindo qualquer tipo de tratamento médico.
Entretanto, em alguns casos, é possível adotar algumas mudanças que contribuem para o refluxo do bebê:
diminuir o volume de alimentação em recém-nascidos superalimentados;
alimentar a criança com mais frequência, mas com quantidades menores;
se o bebê se alimentar com fórmulas, optar por aquelas anti-regurgitantes;
fórmulas hipoalérgicas ajudam muito as crianças com alergia à proteína do leite de vaca;
fazer pausas nas mamadas para que o bebê possa arrotar.
Por outro lado, há situações em que o refluxo e regurgitação causam o grande desconforto no bebê. Choro e inquietação são alguns sinais que podem indicar que a criança precisa de uma avaliação de um médico especialista, seja para mudar a forma como vem se alimentando ou para se certificar de que não há outro problema relacionado.
Refluxo fisiológico e doença do refluxo gastroesofágico
Se o bebê se alimenta bem, tem ganhado peso e apenas regurgita, não tendo nenhum outro sinal anormal, é bem provável que o quadro seja de refluxo gastroesofágico fisiológico — que, como citado, é normal e tende a parar com o passar do tempo.
Já quando existe a regurgitação, pouco ganho de peso ou perda, dificuldades respiratórias, incômodos e desconfortos, entre outros sinais, pode ser que estejamos diante de um quadro de doença do refluxo gastresofágico.
Nesse último caso, o médico especialista fará uma série de observações, incluindo o histórico familiar, para avaliar qual é a situação apresentada pela criança.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como pediatra em Belo Horizonte!